· Flávia Victtor dos Anjos · Entrevistas  · 3 min de leitura

Cibersegurança, criptomoedas e a arte de não cair em golpes

Cibersegurança, criptomoedas e a arte de não cair em golpes: Um relato direto da trincheira digital

Cibersegurança, criptomoedas e a arte de não cair em golpes: Um relato direto da trincheira digital

Olá, pessoal! Sou Flávia Victtor dos Anjos, e hoje vou compartilhar com vocês um pouco da minha experiência recente como entrevistada em um papo sobre cibersegurança – um tema que, como vocês vão ver, está longe de ser só “coisa de filme de espionagem”.

Quando o Banco Central vira alvo (e por que isso é assustador)

Recentemente, o Banco Central sofreu um ataque hacker que pode ter desviado até R$ 1 bilhão. Sim, você leu certo: um bilhão. O alvo? Uma empresa que auxilia nas transferências de dados entre bancos. A boa notícia (se é que existe uma) é que, por enquanto, o consumidor final não foi afetado. Mas o volume de transações em Bitcoin chamou atenção – e olha que já vi coisa parecida antes.

O que isso nos ensina? Que os criminosos estão de olho em qualquer brecha, e muitas vezes, elas estão onde menos esperamos.

Criptomoedas: O Paraíso (quase) anônimo dos criminosos

Uma das perguntas que mais recebo é: “Mas dá para rastrear criptomoedas?” A resposta é: sim, mas não é simples. O blockchain valida as transações, mas rastrear uma carteira suspeita exige ferramentas avançadas – e muita paciência. Empresas e bancos até investem em seguros e softwares investigativos, mas ainda assim, o caminho do dinheiro ilegal pode ser bem sinuoso.

E aqui vai um spoiler: a computação quântica pode mudar esse jogo, mas até lá, o rastreamento ainda é um desafio caro e complexo.

E sim, estamos em uma guerra digital. Só que, ao contrário dos filmes, muitas vezes o inimigo não está na deep web, mas sim no seu e-mail ou no seu WhatsApp.

Engenharia Social: O golpe está na conversa

Aqui vai um segredo: o elo mais fraco da segurança quase sempre é o ser humano. Phishing, deep fakes, ligações que gravam sua voz para fraudes… Os criminosos adoram um bom papo convincente. Inclusive, já vi casos em que o criminoso foi pego não pela técnica, mas pela ostentação (sim, gente, até hacker comete gafe).

E se você acha que só adultos caem nisso, pense de novo: nossas startups trabalham com educação digital em escolas, usando jogos lúdicos para ensinar crianças e adolescentes a se protegerem. Porque, convenhamos, ninguém nasce sabendo que “oferta imperdível” pode ser golpe.

Deep fakes, biometria roubada e o futuro dos golpes

Se tem uma coisa que me preocupa, é a evolução dos golpes. Já viu aqueles vídeos ultra-realistas de celebridades falando coisas que nunca disseram? Pois é, deep fakes estão aí, e podem ser usados para manipulação em larga escala. E não para por aí: dados biométricos (digitais, reconhecimento facial) estão sendo copiados e vendidos.

Ou seja: se antes bastava não clicar em links suspeitos, agora precisamos ficar atentos até na nossa própria voz.

Conclusão: A cibersegurança é um desafio coletivo

Não importa se você é um usuário comum, um empresário ou um gestor público – a segurança digital é um problema de todos. O ataque ao Banco Central e o uso de criptomoedas em crimes mostram que ninguém está imune. Mas a solução não está só em firewalls ou senhas fortes: está na consciência e na ação conjunta.

Precisamos:

  • Educar – desde crianças até adultos – sobre os riscos online.
  • Fortalecer políticas públicas e leis, como a LGPD, para responsabilizar criminosos.
  • Investir em inovação, como startups de cibersegurança, para criar defesas mais inteligentes.

No fim das contas, um mundo digital seguro depende de cada um de nós. Vamos ficar atentos?

Entrevista na integra

Flávia dos Anjos
Especialista em direito digital
(Enquanto isso, no mundo digital, continuo de olho nos hackers e nas startups que estão virando o jogo.)

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